quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Enquanto para muitos era o fim de mais uma jornada, para o repórter era apenas o começo"

CRIA DA NEWTON

Entrevista: Eric Gonçalves

 

Raquel Durães
 
 

 
Chefe de reportagem do jornal Diário do Comércio há quatro anos, Eric Gonçalves, formado na Newton em 2004, fala de suas experiências acadêmicas, profissionais e conta como foi participar de uma oportunidade única. O jornalista foi parar no outro lado do mundo para a cobertura de um fórum de economia. 

 
Lince — Em quais locais você já estagiou?
Eric Gonçalves — Meu primeiro estágio foi na própria Newton, no Laboratório de Relações Públicas (Larp). Em seguida, fui para o Canal 23. Passei ainda pelo Sebrae e pela Rede Mineira de Rádio.
 
 
Lince — Em quais editorias você trabalhou antes de ser chefe de reportagem?
Eric Gonçalves — Assim que me formei fui para o Diário do Comércio. Entrei como repórter da editoria de Agronegócio e depois fui para o primeiro Caderno. Com dois anos de reportagem fui promovido a editor. Fiquei um tempo como editor e chefe de reportagem. Há quatro anos ocupo apenas a chefia de reportagem.
 
 
Lince – Você sempre quis fazer rádio. Hoje, você trocaria seu trabalho no impresso para tentar o rádio?
Eric Gonçalves — Trocar o impresso pelo rádio dependeria da proposta. Não só financeira, mas a proposta de trabalho também. Se recebesse uma proposta para tocar um projeto interessante na área eu pensaria.
 
 
Lince — Sobre sua viagem à China, como foi o processo de apuração neste trabalho?
Eric Gonçalves — A viagem à China foi uma missão governamental e empresarial. Além do governador Antonio Anastasia, estavam presentes secretários de Estado e os presidentes da Fiemg e Faemg. Acompanhei durante 12 dias todos os compromissos oficiais. A comunicação foi feita em português e mandarim. Dessa forma, tanto a comitiva tinha um tradutor quanto as instituições chinesas por onde passamos. Sempre acompanhava as solenidades e entrevistava o governador.
 
 
 
Lince — Por que você foi escolhido para essa matéria?
Eric Gonçalves — Nesta viagem o Diário do Comércio assinou um acordo com um jornal chinês (Xuzhou Daily) para troca de conteúdo. Como o presidente do jornal estava impossibilitado de ir, a minha escolha teve uma dupla função: assinar o acordo e fazer a cobertura da missão. Ao mesmo tempo estou próximo da direção do jornal, por isso daria para assinar o documento, e nunca deixei de ser repórter. Com isso, daria para cumprir os dois papéis.   
 
 
Lince — Como foi a cobertura do evento?
Eric Gonçalves — Foi uma experiência única. O tempo todo você está ao lado das autoridades do seu Estado e da China. A agenda foi muito apertada. Chegávamos a ficar 12 horas envolvidos com os compromissos. Voltávamos para o hotel e se iniciava uma nova etapa do trabalho: redigir as matérias. Enquanto para muitos era o fim de mais uma jornada, para o repórter era o começo. Com isso, estendíamos o trabalho pela madrugada. 
 
 
Lince — Quais foram suas maiores dificuldades?
Eric Gonçalves — O fuso horário foi a maior dificuldade. Como estava 11 horas adiantado, para conversar com o editor-chefe era preciso ficar acordado boa parte da madrugada.
 
 
Lince — O que essa experiência agregou no seu conhecimento e prática jornalísticos?
Eric Gonçalves — Estar próximo das principais fontes da área econômica do Estado foi extremamente rico. Você sai da correria do dia a dia. As pessoas estão ali exclusivamente para aquela finalidade. Fica mais fácil trabalhar e alcançar um resultado mais expressivo.  Conhecer a China foi algo único. Passei por cinco cidades e conheci cinco realidades diferentes. Ver a grandiosidade das obras, das cidades, senti um pouco o que é estar em um país de quase 1,4 bilhão de habitantes, seus costumes, hábitos e cultura foi algo inigualável.
 

 

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