terça-feira, 29 de abril de 2014

“Um jornalista que não sabe escrever é um inválido”

CRIA DA NEWTON
Entrevista: Vinícius Las Casas


 

Frederico Vieira


Formado em jornalismo pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2010, Vinícius é um profissional que apesar da pouca idade — 25 anos — conseguiu se firmar no mercado da comunicação, e hoje, é sócio proprietário da Winning, uma assessoria que vem ganhando seu espaço dentro do ramo de esportes. Antes, fez o dever de casa com perfeição: estagiou muito, para ganhar experiência, e trabalhou em jornal impresso e também em TV. O LINCE conversou com ele, e teve acesso a algumas informações deste projeto.

Da direita para esquerda: Filipe Soutto, Vinícius Las Casas, Oswaldo Botrel, e Lessan.



LINCE — Conte um pouco sobre a Winning.

Las Casas — A Winning é uma assessoria de imprensa esportiva e, também, de entretenimento. Trabalhamos com atletas de alto rendimento de esportes em geral e eventos esportivos e de entretenimento. Hoje, com dois meses de empresa estruturada, estamos com os seguintes atletas: Arouca (Santos), Fillipe Soutto (Atlético-MG), Diego Clementino (Criciúma) e Diney (América-MG). Fizemos o Beisebol Festival BH, evento de beisebol e softbol, e também seremos responsáveis pela comunicação do Jogos Da Saúde, em junho. Além de algumas outras possibilidades que devem surgir nos próximos dias, tanto de atletas quanto eventos.

LINCE — Mas como surgiu a empresa?

Las Casas — O surgimento da empresa foi um trabalho longo, de discussão de ideias, erros e acertos, que duraram mais ou menos dois anos, entre idas e vindas. Na verdade, começou com meu sócio (Oswaldo Botrel) e eu buscando novas alternativas de crescimento no jornalismo. Para preencher duas lacunas profissionais: a satisfação financeira e a felicidade com o que você está fazendo. Hoje, posso falar que tenho prazer em trabalhar no jornalismo, algo que tinha perdido há alguns anos, em virtude das censuras e dificuldades que enfrentamos na imprensa mineira. Ser o seu próprio chefe é uma experiência prazerosa, principalmente quando você se cobra muito, o que contribui para que o trabalho que você desempenha seja sempre o melhor possível.

Tanto Oswaldo quanto eu possuímos uma experiência razoável no jornalismo esportivo, sete anos no caso de ambos profissionais, o que foi um grande passo para a consolidação da assessoria esportiva.

LINCE — A passagem por estágios antes de ingressar no mercado de trabalho foi importante para o sucesso?

Las Casas — Claro! Desde o primeiro período, quando consegui meu primeiro estágio. Fiz estágio sempre em jornalismo esportivo, comecei no Lance! passei pela Francis Melo Assessoria de Imprensa (quando conheci meu sócio), TV Band e O Tempo. Me formei, voltei para o Lance!, depois fui contratado pelo Hoje em Dia e, enfim, montei minha empresa. Neste período aprendi muita coisa no jornalismo esportivo e conheci muitas pessoas que estão sendo de vital importância para a atual fase da minha vida.


LINCE — Você foi aluno da Newton. Até que ponto o curso contribuiu para a sua formação profissional? 

Las Casas — A Newton é uma faculdade que preza muito pela experiência prática do aluno, seja nos laboratórios de aula, seja com o ingresso no mercado de trabalho. Através dela consegui, ao menos, dois estágios — Bandeirantes e Francis Melo. Além disso, os professores também deram muitos toques que foram fundamentais para o meu crescimento no jornalismo. O principal deles foi em relação ao português. Um jornalista que não sabe escrever é inválido e pude aprimorar minha escrita durante as aulas na Newton, além dos estágios, sempre com bons professores, nas salas de aula ou não.

LINCE — Quais foram as principais dificuldades depois de concluir o ensino superior?

Las Casas — Sinceramente, não tive muitas dificuldades. Mas acredito que isso tenha sido um pouco de sorte, aliada a competência e contatos que fiz ao longo do tempo. Logo ao formar, retornei ao local do meu primeiro estágio, o Diário Lance! graças aos contatos feitos na área esportiva. Ou seja, não tive dificuldade de encontrar um local para trabalhar. A principal dificuldade pode ter sido o fato de você lidar com o ego de jornalistas mais velhos que você e que te tratam como foca. De fato, nos primeiros anos de jornalismo é isso que você é. Mas, com o tanto de experiência em estágios que adquiri, os anos de jornalista foca aconteceram ainda durante meus estágios. A liberdade e responsabilidade que me foram dadas em alguns destes estágios também me formaram um jornalista melhor, Sendo assim, era um pouco tedioso e chato aturar a arrogância de alguns jornalistas.

LINCE — Porque a escolha de trabalhar com esporte?

Las Casas — Isso vem de muito tempo. Desde quando me lembro eu sou um apaixonado com esportes, independente da modalidade. Vejo quase que todo tipo de esporte na televisão e sou aficionado com pelo menos uns seis deles, acompanhando diariamente. Este amor, desde a infância, me "empurrou" para o jornalismo, com a ambição de trabalhar com a área esportiva. Felizmente consegui este sonho.

LINCE — Quais são os planos para o futuro?


Las Casas — Hoje estou focado na expansão da Winning. O nome no mercado temos conquistado gradativamente, seja com atletas, seja com a imprensa em geral. Agora é seguir com o trabalho para angariar mais parceiros e contribuir para o crescimento da empresa. Obviamente, como já fui estagiário, sonho com um dia que poderei buscar pessoas para ajudar na inserção do mercado de trabalho e em um segmento que eles sempre sonharam em trabalhar.  

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