terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um sonho bem próximo

Algumas decisões políticas podem interferir no futuro de uma das profissões mais antigas do mundo, o jornalismo


Por João Paulo Freitas (4º período).

Jornalistas de todo o país lutam durante anos por uma causa em comum: a necessidade de se ter um diploma para exercer tal profissão. Na terça-feira, 12 de novembro, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/12, que cita necessária a obrigatoriedade do diploma em jornalismo para, assim, poder trabalhar. A PEC foi aprovada pelo Senado no ano passado, mas somente agora deverá ser analisada por uma comissão especial.

O Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), relator da PEC na CCJ, defendeu a admissibilidade do texto. Segundo ele, “a exigência do diploma não vislumbra ofensa às liberdades de pensamento, de expressão ou de comunicação, previstas na Constituição”.

Por hora, os deputados irão avaliar se é aceitável ou não, o que é dito no texto. Por isso, eles precisam dar legitimidade e, também, se julgarem necessário, pode haver mudanças de acordo com as normas legislativas. Porém, tal comissão ainda não possui um prazo correto para ser criada. Deverá ser instalada ainda esta semana. Assim espera a FENAJ e Sindicato dos Jornalistas que, com lideranças parlamentares, articulam a agilidade na aprovação da matéria.

Também está em tramitação na Câmara a PEC 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que restabelece a necessidade de curso superior específico para jornalistas. A proposta, aprovada em julho de 2010, aguarda a inclusão na pauta do plenário.

SAIBA MAIS


Para interar-se mais sobre o assunto, em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a necessidade de diploma para jornalistas. Na época, a mais alta corte do país decidiu, por oito votos a um, acabar com a exigência do diploma de curso superior específico para a prática do jornalismo. Segundo os ministros da época, o Decreto de lei 972/69, criado durante a ditadura militar que regulamentava a profissão, injuriava a Constituição Federal.

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