domingo, 24 de março de 2013

No ar!

Por João Vitor Cirilo.

Foi ao ar na última sexta-feira (22) a edição 52 do Jornal Lince, trazendo como capa uma entrevista com o renomado desenhista Mike Deodato. Além desta, várias outras excelentes matérias ocupam as 24 páginas do jornal, que está imperdível. Confira:

segunda-feira, 11 de março de 2013

Depois da meia-noite


O jornalista Júlio Cesar Santos fala sobre o seu trabalho em palestra para o curso de jornalismo da Newton Paiva.

Felipe Freitas
Frederico Vieira e Caíque Rocha

Um cineminha à noite? Um encontro com amigos? Ou, quem sabe, apenas um programa em família... Para o jornalista Júlio César Santos, repórter noturno da Rede Record Minas, isso é quase impossível. De domingo a quinta-feira, Júlio cumpre uma jornada de trabalho em um dos horários mais ingratos: das 22h às seis da manhã.

Na noite da última quinta-feira (7), às 19 horas, no estúdio de TV do NP4, ele foi o convidado especial do projeto “Sala de Imprensa”, que tem o objetivo de abrir para os alunos do curso de jornalismo (e agora também de Relações Públicas e de Publicidade e Propaganda) a oportunidade de trocar experiências com profissionais de sucesso no mercado. Em sua palestra, que foi mais um bate-papo, ele falou sobre cobertura policial, censura, segurança pública e da queda da exigência do diploma para os jornalistas, entre outros temas.

Júlio César respondendo aos questionamentos dos alunos no "Sala de Imprensa".
(Foto: Rafael Martins/CPJ)

A ESCOLHA

Sempre solícito e simpático, Júlio respondeu todas as perguntas e se deteve em sua experiência principal: as dificuldades de se trabalhar no período noturno, lembrando que esta não foi uma escolha sua, e sim uma posição da emissora.Mas, de qualquer maneira”, ressaltou, “o fato de ter sido escolhido mostra que havia confiança no meu trabalho”.

Já faz dois anos que faço esse trabalho e vou continuar até quando a direção da emissora pretender, pois através do perfil de cada um a editoria escolheu quem vai trabalhar em determinado horário.

Como era de se esperar, as dificuldades no trabalho da madrugada foi o tema que dominou o encontro. E não são poucas.

— Primeiramente, o sono. Você olha para sua cama, vê sua família deitada vendo televisão e pensa: tenho que ir trabalhar. Esse é um fator que pesa. Na época do frio, também é muito difícil. Existem as dificuldades de orientação, pois na madrugada somos muito sozinhos, não temos o apoio que, por exemplo, as equipes de manhã tem —, conta, referindo-se à falta das equipes de apoio.

COISAS INUSITADAS

Para quem trabalha na noite, acontecem com frequência. Para ele, não são nenhuma novidade.

— Sempre ocorre de termos que gravar em locais onde o silêncio prevalece na madruga. Ao acender as luzes e começar a gravar, algum morador se sente incomodado e começa a xingar. É algo inusitado e até constrangedor —, diz.

Ao ser questionado sobre os riscos que o horário noturno apresenta, Júlio lembrou que o que vale mais não deve ser uma matéria, mas a vida de uma pessoa. Do repórter e sua equipe, no caso.

— Uma matéria de três minutos não paga uma vida. Às vezes, não somos capacitados, mas, se deparamos com alguma situação, temos que ajudar. Nosso trabalho não sobrepõe uma vida.

Ao final da palestra, Júlio disse sair satisfeito com a experiência. ”Essa experiência foi boa, saio daqui com uma bagagem legal. É bom ver o que esses estudantes esperam do jornalismo, e o que eles planejam. É bacana essa troca de ideias que vão agregar até mesmo na minha carreira. Saio daqui melhor do que quando entrei”.

Casa cheia.
(Foto: Rafael Martins/CPJ)

PRIMEIRO CONTATO

Alunos do 1º período também foram entrevistados, e manifestaram uma satisfação muito grande com o “primeiro contato” com um profissional da área. O aluno Rafael Gouveia disse que palestras como a de Júlio César Santos trazem uma base para os novatos que estão chegando agora. “É uma oportunidade de entender como é o cotidiano do jornalista, quais são as dificuldades e as facilidades que o trabalho comunicativo apresenta”, disse.

Lucas Geraldo Ferreira, também aluno de Jornalismo, mostrou o seu entusiasmo com a entrevista e disse que atividades como o “Sala de Imprensa” trazem ao aluno um incentivo para continuar a trajetória dentro do curso, e podem ajudar no prosseguimento de uma futura carreira. “Isso servirá de base para que possamos ser profissionais melhores, preparados para o que possa vir no futuro”, completou. Se teriam dificuldade para trabalhar na madrugada? A resposta foi única: não é exatamente o que iriam querer, mas aceitariam a proposta caso uma oportunidade desta aparecesse em uma grande emissora.

Já Júnior Loredo, estudante de Direito, disse que só agora pode fazer o curso que sempre desejou: jornalismo. Disse que a palestra foi boa para o aprendizado, que apresentou características importantes da profissão e reforçou a ideia de que este é o curso de sua preferência. Júnior manifestou o seu desejo de trabalhar na editoria de polícia, assim como o entrevistado. E, se tivesse que ir para o interior, assim como Júlio César Santos? “Não teria muita dificuldade. Já trabalhei fora, e acho que temos que agarrar todas as oportunidades que aparecerem dentro da profissão”, afirmou.


quinta-feira, 7 de março de 2013

Júlio César Santos no projeto 'Sala de Imprensa'

Por João Vitor Cirilo.

Trocar, literalmente, a noite pelo dia. Nada de festas, nada de barzinho, nada de sair com amigos. Essa é a vida dos jornalistas que, de uns tempos pra cá, se tornaram responsáveis pela cobertura noturna para as principais redes de televisão do país. Afinal, com o crescimento da cobertura policial nos grandes centros urbanos, os veículos de comunicação passaram a depender de um profissional cada vez mais dedicado: o repórter da madrugada, o que inicia os trabalhos às 22h e larga às 6h. Júlio César Santos, repórter da sucursal da Rede Record de Televisão em BH, é um desses.

Foto: Arquivo pessoal

Júlio César é o jornalista convidado para a primeira edição do “Projeto Sala de Imprensa” em 2013. Nesta quinta-feira, 7 de março, o repórter participará do bate-papo promovido pelo curso de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva e falará sobre os desafios da reportagem na madrugada, sua área de atuação na TV Record, onde já está há três anos.

QUEM É

Na profissão desde 2006, Júlio César Santos trabalhou na TV Vitoriosa (Ituiutaba), TVI (Pará de Minas) e TV Integração (Divinópolis) — todas em Minas Gerais —, antes de chegar à Record. Além de fazer reportagens, já cumpriu as funções de produtor e apresentador de um quadro cultural na TV Integração, afiliada da Rede Globo. Na TV Record há três anos, especializou-se na cobertura policial durante as madrugadas.

O “Sala de Imprensa” com Júlio César Santos começa às 19 horas, no estúdio de TV do NP4 (Rua Catumbi, 546, Bairro Caiçara).